Entrevista com a candidata a Vogal da Direção da SPORL-CCP, Dra. Vânia Barbosa Henriques
- pedroalbertoescada
- 19 de mar.
- 3 min de leitura
Dra. Vânia Henriques, porque aceitou o convite do professor Pedro Escada para se candidatar à Direção da SPORL-CCP?

Aceitei este convite com felicidade e satisfação porque acredito na missão da SPORL-CCP e na importância de garantir um futuro sólido e dinâmico para a nossa especialidade.
O Professor Pedro Escada lidera um serviço de prestígio há vários anos e tem contribuído de forma inestimável para a formação de centenas de médicos otorrinolaringologistas no país, e fora do dele, através dos seus diferentes cursos.
A sua liderança experiente e inovadora é uma garantia de equilíbrio, continuidade e renovação, trazendo novas ideias sem comprometer a estabilidade e a qualidade da nossa Sociedade.
Qual é a sua experiência profissional e de que forma é que acha que essa experiência a preparou para um cargo de liderança na Direção da SPORL-CCP?
Ao longo da minha (ainda curta) carreira, sempre estive ligada tanto à prática clínica como à formação médica no ensino pré-graduado e pós-graduado (em Guimarães e no Algarve). Trabalho em hospitais universitários e participo regularmente em iniciativas de formação especializada dirigidas tanto a médicos otorrinolaringologistas (internos e especialistas) como a médicos de família.
Esta experiência permite-me compreender as necessidades dos otorrinolaringologistas em várias fases da sua carreira e contribuir para uma direção mais consciente das dificuldades e desafios impostos aos seus membros, em particular aos sócios da minha geração e aos mais novos, que espero vir a representar com particular atenção.
Na sua opinião, quais são os principais desafios atuais da nossa especialidade em geral e em Portugal em particular?

A Otorrinolaringologia enfrenta desafios, tais como a necessidade de adaptação às novas tecnologias, a utilização útil e ética da inteligência artificial, a defesa das nossas competências dentro da medicina, a situação político-económica em que se encontra o país e o estado do SNS e da medicina privada. Além disso, devemos reforçar o acesso à formação contínua e garantir que a SPORL-CCP tenha um papel cada vez mais relevante na comunidade médica e na sociedade em geral.
Se tivesse que eleger as 3 propostas do Manifesto Eleitoral da sua lista que mais a entusiasmam, quais são elas?
Primeira: Criação de Task-Forces para problemas específicos da especialidade.
Segunda: Valorização dos jovens médicos e recém-especialistas dentro da Sociedade. Terceira: Fortalecimento das relações internacionais para formação e investigação.
Por que razão você acredita que a sua lista, “União e Juventude”, é a melhor opção para liderar a SPORL-CCP no próximo triénio?

Porque combinamos a visão dos mais jovens com a experiência dos colegas mais velhos de forma construtiva, garantindo que a SPORL-CCP continua a crescer sem qualquer rotura desnecessária.
Apostamos numa direção dinâmica, adaptativa e focada no futuro da especialidade.
O que acha que a maior participação dos jovens poderá trazer de diferente para a vida da SPORL-CCP?
A renovação geracional traz novas ideias e energia à Sociedade. Queremos que os jovens médicos sintam que a SPORL-CCP é também deles, incentivando a participação ativa e preparando-os para presentes e futuras lideranças.
O que acha que se pode fazer para garantir que a sociedade seja mais dinâmica e próxima dos seus sócios?

Através de uma comunicação mais eficaz, criação de eventos interativos e reforço da ligação entre médicos mais jovens e experientes.
Além disso, queremos oferecer benefícios concretos aos sócios, desde formação a oportunidades internacionais.
Acha que a situação geopolítica atual, com várias guerras, um afastamento crescente entre os Estados Unidos (um país para onde nos deslocamos frequentemente para nos atualizarmos e recebermos formação) e a Europa, pode levar a alterações na Otorrinolaringologia Portuguesa e da forma como nos posicionamos na Otorrinolaringologia global?
Podemos enfrentar desafios na mobilidade para estágios e formação internacional, especialmente nos EUA. Mas devemos reforçar relações com sociedades europeias e explorar novas parcerias em outros continentes.
Qual é que acha que é o seu estilo de liderança, e qual a sua forma habitual de enfrentar situações difíceis e de resolver conflitos?
Acredito numa liderança cooperativa, colaborativa e baseada no diálogo. Para resolver conflitos, procuro compreender as diferentes perspetivas e encontrar soluções que beneficiem a maioria.

Que mensagem final gostaria de deixar aos sócios da SPORL-CCP?
A SPORL-CCP é de todos e para todos os sócios. Queremos fortalecer a nossa especialidade, garantindo inovação sem perder a identidade. Contamos com o vosso apoio para construir um futuro ainda mais forte para a Otorrinolaringologia em Portugal.







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