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Entrevista com a candidata mais jovem de sempre a Vogal da Direção da SPORL-CCP, Dra. Cátia Azevedo

  • pedroalbertoescada
  • 24 de abr.
  • 7 min de leitura

Cátia Azevedo, porque aceitou o convite do Professor Pedro Escada para se candidatar à Direção da SPORL-CCP?

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Aceitei este convite com um misto de surpresa e gratidão. Nunca tive uma experiência formal no associativismo, pelo que não estava à espera de ser considerada para um cargo com esta responsabilidade. No entanto, desde o primeiro momento encarei esta oportunidade como mais uma forma de me dedicar à especialidade que tanto me apaixona. Senti que podia contribuir com uma perspetiva jovem, com energia e vontade de trabalhar e, acima de tudo, com a humildade de quem ainda está a aprender.

 

Qual é a sua experiência profissional e de que forma é que acha que essa experiência a preparou para um cargo de liderança na Direção da SPORL-CCP?

Durante o meu internato sempre procurei dar o meu melhor. Envolvi-me ativamente em projetos científicos, muitos dos quais resultaram em trabalhos reconhecidos entre pares. Acredito que esse percurso demonstra a minha capacidade de me entregar com rigor, resiliência e entusiasmo. Embora seja a mais nova da lista, sempre procurei demonstrar uma grande dedicação ao projeto e é com esse mesmo espírito que procurarei encarar este novo desafio.

Reconheço que a minha experiência profissional, tanto na SPORL-CCP como na Otorrinolaringologia em geral, ainda é relativamente recente. No entanto, essa proximidade ao início de carreira permite-me manter uma ligação muito estreita com os internos e jovens especialistas a nível nacional. Sei bem o que é esperado por esta nova geração e acredito que posso contribuir para um novo ciclo na SPORL-CCP, mais próximo, dinâmico e alinhado com os desafios que hoje se colocam.

 

Na sua opinião, quais são os principais desafios atuais da nossa especialidade em geral e em Portugal em particular?

A Otorrinolaringologia enfrenta hoje o desafio de se manter atualizada e integrada num sistema de saúde em constante evolução. Em Portugal, é essencial garantir que as novas gerações de especialistas tenham acesso a formação de qualidade, oportunidades equitativas e ambientes de trabalho que promovam o seu desenvolvimento profissional.

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Um dos grandes desafios, a meu ver, passa por começar a “fazer escola” desde cedo, apostando na formação contínua, na partilha de conhecimento e na valorização do mérito, independentemente da idade ou do tempo de carreira. Se queremos que a Otorrinolaringologia portuguesa forme profissionais com reconhecimento internacional, temos de criar desde já oportunidades reais de aprendizagem, crescimento e projeção para os mais jovens. Só assim construiremos um futuro mais forte, mais coeso e mais inovador para a nossa especialidade.

 

Se tivesse que eleger as 3 propostas do Manifesto Eleitoral da sua lista que mais a entusiasmam, quais são elas?

1. Criação de task-forces específicas: acredito que esta é uma medida fundamental para assegurar um crescimento robusto da otorrinolaringologia em Portugal. A constituição de grupos de trabalho com objetivos bem definidos e responsáveis atribuídos permitirá uma concretização mais eficaz de diversas iniciativas. Destaco, por exemplo, a task-force dedicada à elaboração de Recomendações e Guidelines em Otorrinolaringologia, uma área que exige atualização e uniformização constante da prática clínica. Só com uma abordagem estruturada e colaborativa é que conseguiremos avançar de forma prática e organizada.

2. Fomento do desenvolvimento técnico-científico dos médicos internos, dos especialistas e da especialidade: esta é uma área que já tem vindo a ser trabalhada com sucesso, e que considero essencial manter. É imprescindível continuar a investir em iniciativas que promovam a formação contínua, mas com um enfoque especial nos médicos internos, que são a base do futuro da nossa especialidade. São eles que mais beneficiam, e mais necessitam, deste tipo de apoio para crescerem enquanto profissionais e ganharem autonomia e excelência técnica.

3. Reforço da cooperação com entidades nacionais e internacionais com objetivos semelhantes aos da SPORL-CCP: a colaboração com outras instituições e sociedades científicas, tanto em Portugal como no estrangeiro, trará múltiplas vantagens para os sócios da SPORL. Essa aproximação pode traduzir-se em maiores oportunidades de participação em cursos, congressos e projetos conjuntos, além de contribuir para o reconhecimento e crescimento da Otorrinolaringologia portuguesa a nível internacional.

 

Por que razão você acredita que a sua lista, “União e Juventude”, é a melhor opção para liderar a SPORL-CCP no próximo triénio?

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Acreditamos verdadeiramente que possuímos uma equipa impar e capaz de marcar a diferença. A nossa lista, “União e Juventude”, é, sem dúvida, a mais bem preparada para liderar a SPORL-CCP no próximo triénio. Temos objetivos claros, bem definidos, e uma visão sólida do que queremos para o futuro da Sociedade. Combinamos a experiência de médicos de renome nacional e internacional, com a energia, a inovação e o compromisso de elementos mais jovens, que já demonstraram mérito e capacidade de trabalho em múltiplas áreas. Destaco especialmente o nosso presidente da direção, o Professor Pedro Escada, cuja formação excecional, conhecimento profundo da especialidade e capacidade de trabalho são inegáveis. A sua liderança será uma enorme mais-valia para a SPORL-CCP. “União e Juventude” não é apenas um nome, é um desígnio: construir uma sociedade mais próxima, mais dinâmica e verdadeiramente representativa de todos os seus sócios, valorizando o que foi feito, mas com ambição e coragem para ir mais longe.

 

O que acha que a maior participação dos jovens poderá trazer de diferente para a vida da SPORL-CCP?

Os jovens trazem uma visão renovada e, em boa medida, disruptiva, e isso é fundamental para dinamizar a SPORL-CCP. Os mais jovens têm uma tendência natural para pensar de forma diferente, propor soluções inovadoras e utilizar as novas tecnologias com grande fluidez, o que pode transformar positivamente a forma como a Sociedade comunica, trabalha e se projeta no futuro.

Além disso, muitas das comissões científicas da nossa lista já integram elementos mais jovens, com ideias concretas e bem estruturadas, prontas a serem implementadas. São pessoas com vontade de trabalhar, de construir, e que trazem uma nova dinâmica, mais próxima e ágil. Dar espaço a esta geração é essencial para garantir a vitalidade e a evolução da SPORL-CCP, tornando-a mais inclusiva, mais representativa e mais preparada para os desafios futuros.

 

O que acha que se pode fazer para garantir que a sociedade seja mais dinâmica e próxima dos seus sócios?

A chave para tornar a SPORL-CCP mais dinâmica e próxima dos seus sócios, a meu ver, está na comunicação contínua e na criação de oportunidades reais de participação. É essencial que a atividade da Sociedade não se concentre apenas em grandes eventos pontuais no tempo, mas que esteja presente no dia a dia dos otorrinolaringologistas.

Nesse sentido, pretendemos apoiar ativamente congressos e cursos organizados a nível nacional, reforçando a formação descentralizada e acessível a todos. A aposta em plataformas como os OCC, que disponibilizam conteúdos de estudo de forma estruturada e moderna, é um exemplo claro de como queremos proporcionar oportunidades de aprendizagem únicas.

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Outro projeto importante será a construção de uma videoteca, onde todos os sócios poderão partilhar vídeos cirúrgicos, casos clínicos e experiências relevantes. Este será um espaço colaborativo de atualização e crescimento, que valoriza a prática clínica e o saber partilhado, promovendo uma comunidade científica mais coesa e interligada.

 

Acha que a situação geopolítica atual, com várias guerras, um afastamento crescente entre os Estados Unidos (um país para onde nos deslocamos frequentemente para nos atualizarmos e recebermos formação) e a Europa, pode levar a alterações na Otorrinolaringologia Portuguesa e da forma como nos posicionamos  na Otorrinolaringologia global?

É inegável que vivemos tempos instáveis. As tensões geopolíticas e financeiras internacionais conjuntamente com o desafio da transição climática e o crescimento exponencial de novas tecnologias vai, certamente, impactar fortemente os nossos estilos de vida e, por inerência, a prática de otorrinolaringologia. No entanto, acredito que Portugal tem um conjunto de características impares capazes de poder transformar todas estas mudanças de paradigma em oportunidades. Ao longo dos últimos anos sinto que a nossa especialidade tem vindo a afirmar-se cada vez mais pela qualidade da sua prática clínica e científica e que, cada vez mais, isto é reconhecido além fronteiras. Como tal, acredito ser importante continuar a trabalhar no sentido de reforçar as nossas colaborações europeias e também apostar na criação de redes de formação internas que nos preparem para sermos autónomos e competitivos num contexto internacional. De igual forma, entendo ser também fundamental abraçarmos as novas tecnologias, como a inteligência artificial ou a robótica, encarando-as, desde a primeira hora, como elementos capazes de maximizar as nossas competências e a nossa prática clínica e, com isto, contribuir para o verdadeiro desígnio de um otorrinolaringologista: prestar mais e melhores cuidados a todos os nossos doentes.

 

Qual é que acha que é o seu estilo de liderança, e qual a sua forma habitual de enfrentar situações difíceis e de resolver conflitos? 

O meu estilo de liderança baseia-se na responsabilidade e na ação. Gosto de estar presente, de demonstrar proatividade e compromisso nos projetos em que me envolvo. Não tenho receio de assumir responsabilidades, nomeadamente nos momentos mais exigentes, e acredito, convictamente, que estes são os momentos mais definidores do caráter de cada um. Em situações difíceis, procuro ser prática e focada na solução. Procuro sempre encontrar um caminho equilibrado, e envolver todos nas decisões tomadas. Para mim, liderar não é impor, é mobilizar, é transformar ideias em ação, desafios em oportunidades, e ideias em projetos concretos.

 

Que mensagem final gostaria de deixar aos sócios da SPORL-CCP?

Quero deixar uma mensagem de confiança e determinação. Estando nós a vivenciar momentos altamente desafiantes aos mais diversos níveis, acredito, sem hesitações, que a nossa lista é a mais preparada para liderar a SPORL-CCP no próximo triénio. Contamos com uma equipa de excelência e de reconhecido mérito, e apresentamos uma visão clara sobre o que queremos e o caminho para lá chegar.

Quando aceitei este desafio, foi com a convicção firme de que podíamos marcar a diferença e, a cada dia que passa, tenho ainda mais certezas disso. Esta candidatura não é apenas um projeto, é um compromisso. Vamos lutar por uma SPORL-CCP inovadora, orientada para o futuro e representativa de todos os seus sócios. Contamos com todos vós para percorrem, connosco, este caminho.

Dia 10 de maio, votem B! 😊

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